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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Apresentação de gala


Na noite de ontem, podemos acompanhar uma das maiores surras que um tenista já tomou na história de uma oitava-de-final de Grand Slam. O argentino Juan Monaco, nunca mais irá esquecer a noite em que enfrentou Roger Federer na quadra central do Us Open. 

O jogo programado para ser o último da sessão noturna dessa segunda-feira começou por volta de meia noite horário local. O que isso tem haver com o resultado? Tudo.

Federer humilhou o rival e venceu por 3 sets a 0 com parciais de 6/1 6/2 e 6/0 em pouco mais de 80 minutos de partida.

Sabemos que Federer fica extremamente irritado quando o seu jogo atrasa, ainda mais quando é o último da programação noturna em que atrapalha toda a preparação de treinamentos e descanso no dia seguinte. Resultado, ele entrou e literalmente atropelou o argentino. A superioridade foi tamanha, que no primeiro set o argentino só conseguiu ganhar 9 pontos dos 36 pontos disputados.



Federer fez o argentino Juan Monaco parecer um garoto-juvenil recém chegado ao profissional e que ainda está assustado com a velocidade e a intensidade que os jogadores atuam. O argentino nada pode fazer, o gênio suíço fez de tudo na partida de ontem. Sacou com perfeição, atacou de todos os jeitos, encurralou o rival o tempo todo, mudou a velocidade da bola, comandou as ações do fundo da quadra. Enfim todo o repertório que só ele possui e que quando está motivado como na partida de ontem, nos impressiona tamanha a superioridade. O argentino está em boa fase e não seria surpresa se o jogo de ontem fosse disputado.

Não podemos esperar outra atuação como essa diante de Jo-Wilfried-Tsonga nas quartas de final, o adversário é muito mais forte, o retrospecto recente não é nada animador, mas tenho certeza que a grande atuação de ontem dará muita confiança ao suíço que certamente está muito motivado para vencer o francês que o eliminou em Wimbledon e Montreal esse ano.



Diante de atuações como essa, fica difícil afirmar que está próxima a aposentadoria do suíço que já está na casa dos 30 anos. A consistência de anos atrás já não existe mais e os adversários estão cada vez melhores e mais próximos do seu nível atualmente, outros estão em melhor forma. Não está mais no auge? Claro que não, no auge ele ganhava praticamente tudo o que disputava. Foi o mostro que ele mesmo criou e que hoje, mesmo se mantendo entre os 3 melhores jogadores do mundo e obtendo resultados importantes em praticamente todos grandes torneios ele convive rotineiramente com perguntas sobre sua aposentadoria.

Não podemos esquecer, ele é humano e manter-se motivado tendo conquistado tudo o que conquistou é duro. O grande problema do gênio é manter essa motivação extra em torneios de menor importância, como no jogo de ontem em que entrou extremamente motivado em quadra, para não atrapalhar sua preparação para os próximos jogos no torneio. Os torneios de Grand Slam sempre foram prioridade na carreira do suíço.
É triste saber que cedo ou tarde o prazer de vê-lo em quadra irá terminar, mas jogando o tênis que jogou e da forma que só ele joga, mando um recado aos amantes do tênis: Aproveitem enquanto é tempo.





As postagens no blog estão de volta! Peço desculpas pela demora em retornar as atividades, logo mais estaremos em um novo endereço! Enquanto isso acompanhem as minhas postagens na coluna GS&M ATP no site TenisBR!


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