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segunda-feira, 4 de julho de 2011

O feitiço contra o feiticeiro

O campeão e o vice

Wimbledon é mesmo o maior dos palcos, foi ali que o tênis nasceu e cresceu, e é ali que se realiza o maior e mais tradicional torneio de tênis do mundo e Wimbledon sempre traz aos amantes do esporte coisas fantásticas.

A final de 2008 entre Rafael Nadal e Roger Federer que é considerado por muitos como o melhor jogo da história, a final de 2009 entre Roger Federer e Andy Roddick decidida no quinto set com 16x14 para o suíço e com a conquista, ele bateu o recorde de Pete Sampras conquistando o seu 15° Grand Slam, o jogo mais longo da história entre Isner e Mahut que durou três dias e acabou num dramático 70x68 no quinto set com vitória de Isner. Isso citando só os fatos recentes.

Pois é e o ano de 2011, com toda certeza também ficará marcado. Poderia ter sido em Roland Garros mas não, tinha que ser no All England Club, uma hegemonia de sete anos foi quebrada, um novo campeão em sua primeira final, um monstro enfim se mostrou vulnerável, o mais duro revés de um gênio justamente em seu principal palco. Realmente Wimbledon é especial.

Que semana de tênis meus amigos, que semana!


Momento da consagração
Novak Djokovic assumiu a liderança do ranking desbancando Rafael Nadal, e dias depois derrotou o espanhol em uma final onde se viu um tenista com domínio amplo sobre o seu adversário, para conquistar o maior título da carreira e mostrar ao mundo que hoje quem manda no tênis não é Nadal nem Federer, hoje, sete anos depois podemos dizer, que quem manda no tênis é um sérvio, pela primeira vez na história ocupando o posto de número 1 do mundo, NOVAK DJOKOVIC.

Um monstro, em todos os aspectos, físico, técnico e mental. Um digno número 1 do mundo.

No jogo da final, contra Rafael Nadal, o sérvio fez o seu adversário provar do seu maior veneno. Ele fez à Nadal o que o espanhol faz com um certo gênio suíço. Fez o feiticeiro sentir o gosto amargo do seu maior feitiço. A fisionomia de Nadal não conseguiu esconder a destruição mental que o sérvio lhe causou. Nadal nunca encontrou alternativas para superar o sérvio, o desconforto era visível.


Espanhol sentiu o gosto amargo do seu maior feitiço
 Djokovic martelou o backhand de Nadal, e fez da principal arma do espanhol, o forehand com top spin se tornar o seu principal ponto de vulnerabilidade, ele destruiu mentalmente o espanhol, assim como o espanhol até hoje não cansa de fazer à Federer.

O 6/1 no segundo set, reflete bem isso, Nadal perdeu a primeira parcial na única chance que deu ao sérvio e depois lutava contra os seus demônios no segundo set e parecia que o sérvio era de outro planeta. Tudo que o espanhol fazia não era o bastante.

No terceiro o sérvio relaxou, convidou o espanhol de volta para a festa, talvez por estar ciente de que estava chegando perto da sua maior conquista diante de um gênio, e perdeu intensidade, precisão e concentração.

Nadal lutou mas não foi o bastante
Acabou perdendo por 6/1, mas os primeiros games do quarto set, mostraram que o sérvio é muito forte mentalmente, mesmo perdendo a vantagem que ele conseguiu no início do set, ele continuou se impondo sobre o espanhol que para a surpresa de todos sucumbiu em um momento importante. Errou bolas fáceis e entregou a vantagem para o sérvio concretizar a sua mais importante vitória da carreira.


Djokovic venceu por 6/4, 6/1, 1/6 e 6/3 e comeu até grama na comemoração.




Título incontestável, liderança do ranking incontestável, enfim o sérvio hoje no mundo do tênis é uma unanimidade.

Momento mágico

Melhores momentos da final

3 comentários:

  1. Nadal errou ao escolher receber. Ficou vulnerável naquele 4/5 do primeiro set.
    A chave mesmo foi o quarto set, quando o Djoko tomou a quebra de volta e não se abalou.
    No mais, acho que Djoko tem tudo pra terminar o ano na liderança do ranking.
    Espero que Murray pegue inspiração e comece a abocanhar Fedal também.

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  2. Djokovic aprendeu direitinho a lição. Espero que o Nadal trabalhe para mudar esse quadro.

    Ótimo post.

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  3. Ele não fica como líder muito tempo. Ao contrário de Nadal, Djoko, o quebra raquetes, não é mentalmente forte. Quero só ver quanto tempo vai durar a festa do sérvio. Rafa vem aí e o Nole vai vomitar a grama que pastou.

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