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quarta-feira, 15 de junho de 2011

10 anos do Tri em Roland Garros: Guga e sua genialidade!

Assistí a uma entrevista do nosso ídolo Gustavo Kuerten para o mestre Juca Kfouri comentando sobre o jogo mais emocionante de sua carreira. Nas oitavas de final de Roland Garros, contra o americano Michael Russel até então um desconhecido vindo do quali. O brasileiro estava perdendo por 2 sets a 0 e 5x3 no terceiro set e match point para o adversário.

Guga diz no vídeo que já tinha aceitado a derrota e já pensava no próximo torneio e em voltar à Roland Garros no outro ano. “A vontade era de pegar a raqueteira e sair para a casa. Ele estava muito inspirado, o jogo começou a ficar parelho e meu rendimento começou a cair. Não conseguia entrar no jogo, muito antes de ele abrir 5 a 2 no terceiro set já estava pensando em ir embora. Depois de um tempo já estava pensando na hora do próximo vôo para ir embora” diz Guga no vídeo.

Mas o que me chamou mais à atenção foi quando Guga começou a falar sobre o match point jogado e vencido por ele. Um ponto dramático com 26 trocas de bola, duas bolas na linha do brasileiro até conseguir ganhar o ponto. Ao terminar o ponto, Guga olhou para a cara do americano e viu o abatimento do adversário com o match point perdido. No próximo ponto o nervosismo ficou claro com uma bola fácil na rede do adversário e vantagem para Guga. "Ai falei pô, vantagem minha se eu quebrar o saque dele e fizer 5x4 já to no jogo" diz Guga no vídeo. Guga consegue a quebra e vai para a virada de lado já pensando na vitória. Resultado ele virou o jogo, fez 3 sets a 2, garantiu a vaga nas quartas de final de Roland Garros e alguns dias mais tarde conquistou o tricampeonato de Roland Garros.
                                                           Final do jogo contra Russel


                                                                 Com o troféu do Tri

Talvez seja essa a grande diferença que separa os bons dos excepcionais. O abismo que existe entre os Gênios e os "meros" mortais. Bastou ele perceber, um único momento de fragilidade do adversário, um único sinal de fraqueza, para retomar à confiança e virar um jogo, que todos achavam que estava perdido. 
E ele foi um desses Gênios, que fez história no esporte, marcou época mostrando ao mundo uma nova maneira de se jogar no saibro. Nunca esqueceremos do seu golpe mais fantástico o backhand com uma mão na paralela que fazia um estrago enorme e era lindo de se ver, além de todo o seu carisma e simplicidade única.

                                                            Guga preparando o backhand.



Vídeo da final contra o espanhol Alex Corretja.





Entrevista do Juca Kfouri com Guga sobre o Tri e sobre o jogo contra Russel.

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