Murray que vinha recebendo muitas críticas da imprensa depois de ter passado por uma má fase logo após a derrota na final do Aberto da Austrália em que jogou de forma extremamente passiva e viu Novak Djokovic dominar completamente as ações do jogo e triunfar com fáceis 3 sets a 0, em sua terceira final de Grand Slam onde sua postura foi a mesma das outras duas finais onde até agora ele ainda não ganhou um set sequer.
Eliminações nas primeiras rodadas e o rompimento com seu treinador o espanhol Alex Corretja, deu início a pior fase de sua carreira desde que figura no top 5.
Chegou enfim a série européia de torneios no saibro onde o britânico nunca obteve resultados muito expressivos e é declaradamente sua pior superfície. Mas por surpresa de todos Murray obteve resultados acima do esperado e chegou as semifinais de dois Masters 1000 perdendo respectivamente para Rafael Nadal e Novak Djokovic, em dois jogaços em três sets onde Murray teve tudo para triunfar e encerrar a seqüência de Novak Djokovic sacando para fechar em 5x3 no terceiro set em Roma.
Em Roland Garros o britânico teve problemas no tornozelo, mas mesmo assim chegou até a semifinal perdendo para Rafael Nadal rapidamente em três sets onde novamente criticaram sua postura muito passiva em quadra.
Chegou então a temporada de grama, superfície em que o seu jogo se encaixa melhor e ele já obteve resultados expressivos ganhando por duas vezes o Atp 250 de Queen's em Londres. Torneio que contava com a presença de Rafael Nadal, Andy Roddick , Tsonga entre outros favoritos.
Principais armas: Murray é extremamente veloz e se movimenta muito bem para a sua altura, muito bom saque, é extremamente regular e erra muito pouco do fundo de quadra, tem os dois golpes da linha de base muito bons, tanto o forehand quanto o backhand funcionam muito bem, tem um excelente contra-ataque, e consegue passadas impressionantes, voleia muito bem e tem ótima variação.
Pontos vulneráveis: Sua atitude é muito passiva diante de adversários do mesmo nível, em que ele precisa se impor e não ficar esperando por erros do adversário que em jogos importantes normalmente não vem, por ter muitas armas ainda não tem a leitura tão perfeita do jogo e não escolhe tão bem os golpes em determinados momentos, mentalmente ele não é do nível dos outros favoritos e não reage tão bem a pressão, e em Wimbledon ela é sempre enorme.
Soltando o forehand |
O caminho de Andy Murray não é dos mais fáceis, ele pode enfrentar Andy Roddick nas quartas que já foi finalista em Wimbledon três vezes e seu jogo encaixa completamente na grama, e na semifinal pode reencontrar Rafael Nadal e reeditar a semifinal do ano passado onde ele saiu derrotado.
Bom acho Murray o mais dificil dos favoritos de se fazer uma previsão, não sabemos como ele vai reagir a pressão e no jogo de hoje podemos ver ele no primeiro set um pouco mais nervoso e sentindo um pouco a estréia onde acabou perdendo o primeiro set para só depois deslanchar e dar show nos dois últimos sets.
Acho que ele não passa pelo Nadal em uma eventual semifinal, mas nunca sabemos quando ele vai jogar o seu melhor tênis em um Slam e enfim conquistar o título. Normalmente quando a coisa fica grande ele se esconde atrás da sua regularidade e fica esperando o adversário perder em vez de se impor e ganhar o jogo, mas quando se joga com gênios do nível de Federer e Nadal em um Grand Slam, você precisa ganhar e para ganhar desses caras em um jogo melhor de cinco sets hum......a coisa fica bem complicada.
Novak Djokovic e Juan Martin Del Potro já mostraram o caminho para derrubar os gigantes agora será a vez de Murray? vamos esperar para ver !!
Vídeo da estréia contra Gimeno Traver. Murray teve muitas dificuldades no primeiro set.
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